A visita periódica ao ginecologista é fundamental para todas as mulheres, somente desta forma você vai garantir uma ótima saúde e o bem estar. Uma consulta ao seu ginecologista fará evitar doenças e manter os órgãos genitais livres de infecções por vírus ou bactérias, que podem ter consequências graves, desde câncer até infertilidade.
Quando você deixa de fazer seu preventivo e não cumpre as visitas rotineiras ao ginecologista, acaba ficando vulnerável a diversos distúrbios. Confira a seguir as principais doenças ginecológicas, suas causas e quais são os tratamentos indicados.
Vulvovaginite é inflamação ou infecção da vulva e da vagina, que também pode ser chamada de vulvite ou vaginite. É uma condição comum que afeta pessoas de todas as idades. Os principais sintomas são:
- Corrimentos líquidos ou grumosos;
- Odor fétido;
- Prurido (coceira na vagina);
- Hiperemia (vermelhidão);
- Irritação;
- Dor durante a relação sexual;
- Presença de lesões externas e internas como bolhas, úlceras e verrugas.
Os tipos mais comuns de vaginite são:
- Vaginose bacteriana: resultado da proliferação de algum dos vários organismos, principalmente a Gardnella Vaginallis, Peptoestreptococcus e Micoplasma hominis, que podem ou não estar presentes na cavidade vaginal.
- Infecções fúngicas: são geralmente causadas por um fungo que está presente naturalmente na vagina, denominado Candida albicans.
- Tricomoníase: doença causada por um parasita e geralmente transmitida por meio de relações sexuais.
- Atrofia vaginal ou vaginite atrófica: acontece quando há redução dos níveis de estrogênio no corpo.
No caso de infecção por baixa defesa imunológica, a vulvovaginite não é contagiosa. Para o tratamento dessa doença ginecológica podem ser utilizados antibióticos, antifúngicos, corticoides, uso de estrogênio, higiene local, banho de assento e uso de roupas adequadas.
Atinge um número grande de mulheres, de 7% a 20% das mulheres em idade reprodutiva, e é considerada a causa mais frequente de infertilidade em mulheres com anovulação crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente.
A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho.
É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários.
Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal.
Por mais que o problema não seja contagioso, a doença ginecológica pode voltar, pois não tem cura, somente é controlada através de tratamentos.
A endometriose é um problema de saúde muito comum entre mulheres jovens, é conhecida como a “doença da mulher moderna”, por conta do adiamento da maternidade ou pela opção de não engravidar. A doença costuma vir acompanhada de muita dor e, devido a isso, pode afetar a qualidade de vida da paciente, que irá sofrer constantemente com fortes cólicas menstruais.
Algumas mulheres podem não apresentar os sintomas dessa doença ginecológica. Mas, geralmente, os sinais costumam ser:
- Cólica;
- Dor pélvica crônica;
- Dor na relação sexual;
- Sangramento ou dor ao urinar;
- Constipação intestinal.
Existem diversos tipos da doença, como;
- Profunda
- Ovariana
- Superficial
- Septo reto vaginal
- Endometriose de parede
- endometriose pulmonar ou pleural
Seu médico conseguirá diagnosticar com exames específicos facilmente. O diagnóstico feito pelo médico leva em consideração os sintomas listados anteriormente. Mas, além disso, são realizados exames de imagem como o ultrassom, a ressonância magnética e marcadores tumorais (exame de sangue).
Mioma uterino é um tumor benigno que acomete mulheres em idade fértil, geralmente, mulheres de 30 a 50 anos de idade. De origem genética, o mioma uterino pode apresentar crescimento excessivo e, considerando a localização dele dentro do útero, pode causar hemorragias com coágulos, cólicas intensas, aumento do útero, dor na relação sexual e infertilidade.
Miomas uterinos pequenos podem ser assintomáticos, ou seja, não apresentarem incômodos físicos. No entanto, com o desenvolvimento a paciente pode começar a ter sintoma como:
- Sangramento intenso durante a menstruação;
- Cólicas;
- Urgência de urinar;
- Dor abaixo do umbigo ou sensação de pressão na região;
- Dor durante a relação sexual.
- dor nas costas e nas pernas
Aqui, vale ressaltar que cada tipo apresenta sintomas específicos. Logo, ao perceber qualquer um deles, a procura por um médico se faz necessária para o devido diagnóstico e tratamento.
De todas as doenças ginecológicas citadas, essa é a mais rara (mas não menos preocupante), atingindo 3% das mulheres, sendo a maioria jovem e sexualmente ativa. O distúrbio é causado por alguns tipos de bactérias ou uma infecção por múltiplas bactérias.
A DIP como é chamada, pode ser classificada de acordo com a sua gravidade como sendo:
- Inflamação do endométrio e das trompas, mas sem infecção do peritôneo;
- Inflamação das trompas com infecção do peritôneo;
- Inflamação das trompas com oclusão tubária ou comprometimento tubo-ovariano, e abscesso íntegro;
- Abscesso tubo-ovariano roto, ou secreção purulenta na cavidade.
Os seus sintomas são;
- Febre;
- Dor intensa no baixo ventre;
- Corrimento com odor fétido.
No tratamento, há a necessidade do uso de antibióticos. Em alguns casos, a paciente deve ser internada no hospital para receber o medicamento na veia e até mesmo pode ser necessária cirurgia para retirada de abscessos. E, caso ocorra o ato sexual sem preservativo novamente, a doença ginecológica pode reaparecer. A infertilidade e a gravidez ectópica, em que o feto cresce fora do útero, são as possíveis complicações em algumas mulheres que apresentam a Doença Inflamatória Pélvica crônica.
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